Prá começar a falar dos
diferentes saquinhos plásticos e da polêmica de proibir um tipo prá incentivar
outro tipo, vamos ter que começar falando de como são feitos.
Primeiramente, vou falar sobre um equipamento inventando por Arquimedes antes de Cristo: a rosca arquimedeana. Desde então, quando alguém queria transportar água de um rio para um nível mais alto, para irrigar ou para abastecer alguma edificação, o mais esperto era usar esta ferramenta.
Rosca arquimedeana para levar água para outros níveis |
A
rosca arquimedeana se baseia em um parafusão rodando dentro de um tubo levando
a água para cima. A sacada para dar certo é girar o parafusão mais rápido que a
velocidade da água voltando, escoando pelas paredes do tubo. Um bom vídeo
explicativo, mostrando um sujeito girando uma rosca arquimedeana para levar
água de um rio prá um sistema de irrigação, você pode ver clicando aqui.
Um outro vídeo, muito bem sacado, faz uma rosca arquimedeana com uma concha circular
aqui.
Se
você quiser brincar um pouco com seu filho, este site
mostra como fazer uma rosca arquimedeana para levar cereais matinais
para o
prato com uma garrafa PET. Se cereais podem ser transportados, outros sólidos também. Ovos, ração animal e polímeros são carregados por uma rosca arquimedeana durante a sua elaboração.
A maioria dos materiais poliméricos que usamos passaram em algum momento por um processo que usa a rosca arquimedeana: a extrusão! Extrusão significa, em tradução livre, empurrar para fora (trudere = empurrar
e ex = fora), e consiste de uma rosca arquimedeana
que empurra o material polimérico para dentro de um
tubo aquecido que termina em um orifício chamado matriz, como na figura abaixo.
Para fazer os saquinhos plásticos, a saída da extrusora tem um orifício diferente, um anel, por onde sai o polímero fundido, que logo que sai é submetido a uma tremenda sacada: ele é soprado por dentro desse anel (olhe o detalhe duas figuras para baixo), expande e começa a formar um tubo que depois vai virar saquinho plástico. Na figura abaixo vai uma representação do conjunto todo.
E abaixo um close da saída do material polimérico fundido (chamado matriz) para formar um balão com o ar soprado bem no meio da saída.
Abaixo segue um filminho que achei no Youtube, com fabricação de sacola plástica preta de lixo. Depois de 23 segundos aparece o balão de polietileno que saiu da extrusora e foi soprado.
Nos próximos posts vou falar sobre o material mais usado para saquinhos, o polietileno, e sobre os tais dos polímeros biodegradáveis e oxo(bio)degradáveis e das vantagens de cada um destes materiais.
Representação de uma extrusora, mostrando a entrada de polímeros à esquerda, uma rosca arquimedeana no meio e a saída (matriz) à direita. |
Para fazer os saquinhos plásticos, a saída da extrusora tem um orifício diferente, um anel, por onde sai o polímero fundido, que logo que sai é submetido a uma tremenda sacada: ele é soprado por dentro desse anel (olhe o detalhe duas figuras para baixo), expande e começa a formar um tubo que depois vai virar saquinho plástico. Na figura abaixo vai uma representação do conjunto todo.
Processo de extrusão com sopro para formar filmes para sacolinhas plásticas. |
E abaixo um close da saída do material polimérico fundido (chamado matriz) para formar um balão com o ar soprado bem no meio da saída.
Close da saída do material polimérico fundido para formar o balão que acaba como saquinho plástico. |
Nos próximos posts vou falar sobre o material mais usado para saquinhos, o polietileno, e sobre os tais dos polímeros biodegradáveis e oxo(bio)degradáveis e das vantagens de cada um destes materiais.